A integração entre órgãos e poderes da área de segurança na Bahia foi, mais uma vez, defendida e destacada pelo governador Rui Costa (PT), durante a Reunião Itinerante do Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida em Lauro de Freitas, no mês passado.
A ênfase está na infraestrutura. “Já colocamos em Salvador, e vamos ampliar a fibra ótica para todas as instalações e prédios públicos do estado”, disse. “Queremos também ampliar o videomonitoramento municipal de forma integrada às câmeras estaduais”, disse o governador. Essa foi uma das reivindicações da prefeita Moema Gramacho (PT) durante o encontro.
De acordo com ela, das 121 câmeras da central de monitoramento do município, apenas 57 funcionam. E no início do ano eram seis. A prefeitura quer ainda instalar “câmeras inteligentes” nas cinco saídas da cidade.
Um dos problemas que sempre afetou a infraestrutura de câmeras de videomonitoramento em Lauro de Freitas é a destruição deliberada dos equipamentos para deixá-los fora de ação.
Moema contou que a central conta com dois policiais militares acompanhando o monitoramento e pediu que haja também policiais civis de plantão. Salientou que é necessário responder ao que o monitoramento vê.
Moema Gramacho (esq.) na reunião do Pacto pela Vida no Caji: “É preciso câmeras e é preciso ter como reagir ao que as câmeras filmam”
Entre as medidas sociais no âmbito da prefeitura tendentes a reduzir a criminalidade, a prefeita quer tirar da ociosidade o Centro de Excelência e Treinamento Pan-Americano de Judô (CPJ) em Ipitanga, criando atividades esportivas para os estudantes da rede pública de ensino no contra-turno das aulas.
REUNIÕES ITINERANTES
O objetivo das reuniões itinerantes do Pacto pela Vida é discutir resultados e ações de segurança pública e de desenvolvimento social com representantes do Poder Judiciário, da Assembleia Legislativa, do Ministério Público, da Defensoria Pública, e de secretarias e outros órgãos. O encontro de Lauro de Freitas foi o sexto, depois de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Eunápolis, Itabuna e Juazeiro.
De acordo com o governador, este modelo de encontros nas cidades foi pensado para que, quem conhece os problemas em cada uma das regiões, aponte o que precisa ser feito. “Também temos como objetivo reunir os principais atores dessa rede de segurança e de ações de inclusão social”, disse – “é preciso que as reuniões sejam mantidas, com juízes, promotores, as polícias, mesmo sem a gente aqui”, enfatizou.