Comércio e serviços colocam Lauro de Freitas em destaque

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Lauro de Freitas é destaque da criaçãode novos empreendimentos em 2015,segundo dados do Sebrae Bahia,apresentados no mês passado pelo superintendenteAdhvan Furtado e o diretor deatendimento Franklin Santos.


Os seis vencedores da etapa estadual do MPE Brasil – Ciclo 2015: indústria é de Lauro de Freitas

Para Furtado, Lauro de Freitas merecedestaque por ter dado ”um salto nos últimosanos”, em função dos programas locaisde apoio ao empreendedorismo. Outraexplicação para o desempenho local é queo comércio – força maior da economia dacidade – continua a ser o preferido dosempreendedores baianos. De acordo comdados da Receita Federal, o setor inclui maisde 59% dos pequenos negócios na Bahia,acima da média nacional, que é de 50%.

Em seguida, os empreendedores doestado investem mais nos setores de serviços(28%) – que também tem presençasignificativa em Lauro de Freitas. A indústria(8%) e a construção civil (4,6%), são menospresentes na cidade, mas foi uma indústrialocal que venceu, no segmento, a etapaestadual do Prêmio de Competitividade deMicro e Pequenas Empresas (MPE Brasil –Ciclo 2015): a LED Quadros Elétricos.

Entre os microempreendedores individuais(MEI), o comércio também é aatividade mais procurada na Bahia, sendoa venda de artigos de vestuário e acessóriosresponsável por mais de 10% dos MEIformalizados no estado.

Em seguida, despontam os cuidadoscom a beleza, com serviços de cabeleireiros,manicure e pedicure, acumulando quase7% desses empreendedores. Na sequência,vêm serviços ambulantes de alimentação(4%), fornecimento de alimentos preparadospara consumo domiciliar (4%) e obrasde alvenaria (2,7%).

As maiores cidades do estado, de modogeral apresentaram bom desempenho.Para o Sebrae, o otimismo e a vontade desuperar as dificuldades falaram mais alto noambiente empresarial baiano. Os pequenosnegócios tiveram um crescimento de 9%,entre dezembro de 2014 e novembro de2015, passando de quase 578 mil cerca de633 mil empresas.

O saldo de 55 mil novos negócios,mesmo com um ano economicamentedesfavorável, está distribuído por Salvador,que naturalmente lidera no quesito de númerode empreendimentos, com mais de171 mil, Feira de Santana (39 mil), Vitóriada Conquista (19 mil), Lauro de Freitas (16mil) e Camaçari (14 mil).Para o Sebrae, a retração econômica de2015 vem sendo combatida com sucessopor meio do atendimento a mais de 166 empresas– um quarto dos pequenos negóciosBahia foi atendido pelo Sebrae.

“Os empresários da Bahia foram abastecidoscom diversas possibilidades de capacitaçõese qualificações desenvolvidas paraadequá-los e prepará-los para esse cenárioatual do país, com informações e soluções,e estimulados a empreender com responsabilidadee competitividade”, destacou osuperintendente Adhvan Furtado. Para ele,“a expectativa é que a gente tenha a microe pequena empresa como um importantemotor para o país sair da crise”.

Compre do Pequeno

Justamente com o intuito de enfrentara recessão econômica e tornar o cenáriomais atrativo aos empreendedores, o Sebraepromoveu, em 2015, o “Movimento Compredo Pequeno”. A Bahia obteve o melhor resultadodo país, com cinco milhões de baianoscomprando de pequenos negócios no dia 5 de outubro, data oficial da mobilização.

Para 2016, a entidade anunciou umanovidade que deve facilitar o acesso dosempreendedores ao conteúdo do Sebrae:a oferta de orientações e consultorias adistância. “Queremos que a informaçãode qualidade para o empresário tambémesteja disponível facilmente na Internet”,explicou Adhvan.

Em fase de testes em novembro e dezembro,as consultorias online, realizadaspor videoconferência, tiveram aceitaçãode 96% dos clientes. A previsão é de que oserviço já esteja disponível para os empreendedoresbaianos após o Carnaval, quandoum novo site do Sebrae Bahia será lançado. Éum serviço cômodo, que resolve o problemado cliente, dando instrumentos que ensinama ele o que fazer e como fazer”, avaliou odiretor de atendimento Franklin Santos.

A entidade também apontou os setoresestratégicos para 2016. No comércio, oSebrae Bahia destaca o varejo de alimentose de moda, materiais de construção ea revitalização de espaços comerciais. Nosetor de serviços, os destaques ficam paraos voltados para a saúde, automotivos,beleza e estética, e startups.

Sonho do empreendedorismo

Ter o próprio negócio figura como o terceiromaior sonho dos brasileiros, ficandoatrás apenas de comprar a casa própria eviajar pelo Brasil, mas entre os nordestinoso impulso empreendedor tem mais força:na região, o sonho do próprio negócioocupa o segundo lugar, ultrapassando osplanos de turismo.

Diante desse cenário, o superintendenteAdhvan Furtado ressaltou a importânciado engajamento das prefeituras baianas nacausa dos pequenos negócios. “Precisamosmelhorar o ambiente de negócios, porque,por mais preparada que esteja uma empresa,se você não tem uma política públicaque a favorece, ela pode quebrar”, afirmou.

Para fortalecer esta parceria, a instituiçãotem o Programa Município EmpreendedorBahia, que, no dia 11 de novembro,formalizou com a Prefeitura de Salvador umprotocolo de intenções para desenvolverações que estimulem o potencial empreendedorda capital.


O superintendente Adhvan Furtado na apresentação dos dados de 2015: salto

Lauro de Freitas não foi mencionada,mas “estamos fazendo uma série de parceriascom as prefeituras para capacitaragentes de desenvolvimento, e tambémdamos a eles acesso ao sistema do Sebrae,para que eles possam, por exemplo, agendarcursos de capacitação para os microempreendedoresindividuais atendidos nasSalas do Empreendedor”, disse Adhvan. Oprocesso de capacitação que já preparou 24agentes de desenvolvimento para atuaçãona capital baiana.

Perfil do novo empreendedor

O aumento do empreendedorismo naBahia se dá pelo desenvolvimento da classemédia e maior consumo das classes D e E,além da elevação da escolaridade. Mais de90% dos empreendedores que possuem nívelsuperior iniciam um negócio por oportunidade.E há ainda outro motivo relevante:a agilidade para concretizar a legalização.

Em 2009, havia 2.453 microempreendedoresindividuais (MEI) na Bahia. Esse númerodeu um salto para 349.872, em 2015. Nomesmo intervalo de tempo, a quantidade demicro e pequenas empresas (MPE) passoude 168.956 para 282.911.

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