Espumantes podem ser servidos do início ao fim das refeições
Ele está sempre presente nos brindes de final de ano, especialmente nas comemorações da noite da virada. A maioria das pessoas, contudo, não se atenta com o método de produção e os vários tipos, na hora de fazer a escolha e nem todos têm noção sobre como fazer uma harmonização para aproveitar ao máximo a bebida.
A maioria dos espumantes disponíveis no mercado é elaborado por dois métodos: o Champenoise, também chamado de tradicional, e o Charmat, explica o consultor e enólogo Álvaro Domingues.
O primeiro foi desenvolvido na região de Champagne, na França. Neste método, a fermentação ocorre na própria garrafa e a bebida é elaborada com vinho das uvas Chardonnay e Pinot Noir, mas outras variedades podem ser usadas, dependendo da região. “O espumante pelo método Champenoise geralmente é um produto frutado, complexo e persistente”, diz o profissional. Para o espumante ser elaborado, são adicionados açúcar e leveduras especiais e ele vai para a fermentação.
No outro método, o Charmat, a segunda fermentação ocorre em tanques de inox. “O espumante elaborado neste método não envelhece e geralmente caracteriza-se por um espumante jovem e frutado”, salienta. Há ainda outros métodos (veja quadro ao lado) de elaboração.
O enólogo destaca que os espumantes podem ser servidos do início ao fim das refeições, como também degustados fora de hora. A sugestão para as entradas, ou aperitivos, ou petiscos, antes do almoço ou jantar são as bebidas secas. Produtos doces, ou demi-sec, ou até suaves, pela presença do açúcar, dificultam a percepção sensorial, e até de sentir o sabor dos pratos e ingredientes utilizados.
Acompanhando entradas, com petiscos, são recomendados, normalmente, espumante brut, podendo ser até brut rosé. No caso dos pratos principais, nas refeições ou até na ceia, a sugestão também é o uso de bebidas secas.
“Os espumantes brut ou brut rosé, são interessantes para harmonizar os pratos principais, pois são companheiros ideais para qualquer tipo de refeição”, afirma o enólogo. Para acompanhar as sobremesas, a sugestão são os espumantes mais doces, como um moscatel ou demi-sec. O mais adequado é que a doçura do vinho seja igual ou maior que a da sobremesa, para melhor equilibrar o paladar.