O tempo pode tornar os efeitos mais
fortes graças aos problemas de saúde
que geralmente se acumulam
Tomar uma cerveja ou uma caipirinha a mais já é suficiente para causar um estrago no seu dia seguinte? Pode ser desagradável, mas não é motivo para preocupação – não de saúde pelo menos. Se os anos costumam fazer bem para um bom vinho, o mesmo não vale para pessoas, nas quais os efeitos do álcool costumam se tornar mais cruéis com o tempo.
A ressaca é o efeito tóxico da bebida e seus subprodutos no corpo. De forma geral, não há como definir qual é o ponto sem volta da dor de cabeça do dia seguinte, já que isso pode varia muito de pessoa para pessoa.
As bebidas alcoólicas são tóxicas para o corpo e precisam ser metabolizadas.
“Entre a absorção e ser excretado, temos processos que se utilizam de várias enzimas. Conforme vamos envelhecendo a nossas metabolização já não tem a mesma eficácia de quando somos jovens”, diz Nelson Iucif, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia. “Da mesma forma como quando somos jovens somos mais rápidos, temos mais força.”
Segundo o especialista, o sistema nervoso também é afetado, ficando mais suscetível aos efeitos do álcool e à sua metabolização.
Lucif diz que outro fator que pode contribuir para a maior facilidade para ressaca são os problemas de saúde que a idade muitas vezes traz.“As pessoas tomam medicamentos para esses problemas, e essas drogas vão interagir com a bebida alcoólica, direta ou indiretamente, na maioria das vezes desfavorecendo a metabolização, a excreção dos seus subprodutos”, diz o especialista.
Desse modo, com o avanço da idade, uma dose que antes não fazia nem cócegas pode ter maiores efeitos momentâneos e levar mais tempo para ser eliminada do corpo. A maior sensibilização, porém, só se acentua entre os 60 e 65 anos. Em qualquer idade, o segredo é conhecer seus limites e não esquecer de beber água enquanto consome álcool.