O desligamento do sinal antigo em Lauro de Freitas, Salvador, demais municípios da Região Metropolitana e no Recôncavo estava previsto para o mês passado, mas foi adiado para 27 de setembro devido a dificuldades técnicas na produção de kits para adaptação ao sinal digital.
O kit, composto por antena, conversor de sinal e controle remoto, é gratuito para os beneficiários de programas sociais do Governo Federal, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Tarifa Social de Energia Elétrica e outros. O agendamento da retirada do kit pode ser feito no site http://www.sejadigital.com.br
A pressa em desativar o sinal analógico está ligada à necessidade das empresas de telecomunicações, que querem ativar a tecnologia 4G da rede celular na faixa de 700 mega-hertz no ano que vem em todo o país. A transição vem sendo feita aos poucos, por região. Em São Paulo, por exemplo, o sinal é exclusivamente digital desde março e em Brasília, desde novembro do ano passado. O desligamento do sinal analógico em todo o território brasileiro deve ocorrer até o fim de 2018.
O total de domicílios com aparelho de televisão que não têm antena parabólica, nem TV por assinatura, nem digital abertavem caindo desde 2013, quando somavam 28,5% do total. Mas em 2015 ainda havia 13 milhões de residências – quase 20% do total – com acesso apenas ao sinal analógico aberto, correndo o risco de ficar sem o serviço de TV depois da migração para o sinal digital. Os números são do Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado em dezembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quem recebe canais abertos através de sistemas de TV por assinatura pode ser impactado na recepção de alguns canais após o desligamento do sinal analógico, mas não por conta da tecnologia. É que a exibição dos canais abertos de televisão pelas operadoras de TV por assinatura passou a depender de autorização de cada emissora.