Tratamento cedo evita dor causada por desvio na coluna

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Escoliose é um desvio da coluna que, na maioria dos casos, começa a aparecer na infância ou adolescência. Portanto, quanto mais cedo for tratada, maior é a chance de ser corrigida.
 
A escoliose pode ter diversas causas, mas a principal é a genética, em que a criança nasce com ela ou desenvolve depois. “Felizmente, a grande maioria das escolioses familiares é leve e o único tratamento necessário consiste em orientação postural e atividades físicas que desenvolvam a coluna simetricamente”, afirma o ortopedista Pil Sun Choi.
 
Mas a doença também pode ser adquirida por maus hábitos na fase de crescimento. “Sedentarismo, muitas horas em frente ao computador ou videogames com postura errada e sobrecarga da coluna com mochilas escolares podem ser fatores para agravar a doença, que atinge de 2% a 3% dos adolescentes”, ressalta o neurocirurgião Alexandre Elias.
 
Outro fator que pode contribuir para o surgimento da escoliose é a falta de condicionamento físico. Isso ocorre porque, com a musculatura mais fraca no tronco, a coluna pode se entortar por causa da postura errada.
 
Portanto, o indicado para quem tem tendência familiar ou está sentindo a musculatura mais fraca é fazer atividade física, principalmente as aeróbicas (caminhada, corrida, natação, bicicleta, hidroginástica), de três a cinco vezes por semana, exercícios de fortalecimento dos músculos do tronco e alongamentos. Mas antes é preciso procurar um especialista. “O diagnóstico e o acompanhamento médico regular podem identificar precocemente os casos, principalmente aqueles que estão piorando, e recomendar o tratamento mais apropriado, inclusive a cirurgia”, acrescenta Elias.
 
Segundo o médico, as cirurgias têm uma maior chance de resolver os sintomas e evitar a piora.
 
Respirar fica mais difícil em estágio grave
A pessoa que não trata a escoliose pode ter um agravamento da doença com o passar dos anos, com dores fortes nas pernas, nas costas e nas nádegas, outros danos à coluna e até problemas respiratórios. “Uma curva espinhal grave pode reduzir a quantidade de espaço dentro do peito, tornando difícil para os pulmões vir a funcionar corretamente”, diz o neurocirurgião Alexandre Elias.

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