Formas graves de febre amarela atingem menos quem já teve dengue

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Ter contraído dengue pode amenizar as chances de uma pessoa ser infectada pela febre amarela. De acordo com Reinaldo de Menezes Martins, consultor da Fundação Oswaldo Cruz, há evidências de que a dengue protege contra a febre amarela. Um estudo feito pela equipe do pesquisador mostrou que é mais baixa a presença de vírus no sangue das pessoas que já tiveram dengue. Nesse sentido, é muito provável que a dengue tenha protegido as populações que já foram afetadas por aquela doença, disse.
 
Entre as evidências e fatores históricos, Martins lembrou a observação feita, após uma epidemia de febre amarela, de um grupo de soldados do interior do Equador que não tiveram dengue e outros da região costeira que tinham contraído a doença. A avaliação indicou maior incidência de febre amarela nos militares da região sem dengue.
 
Para o pesquisador, há evidências de que a dengue “não evita a febre amarela, mas evita as formas mais graves da doença, pelo menos, diminui muito a incidência dessas formas mais graves”. Além de proteger contra a febre amarela, esse fator pode proteger também contra os eventos adversos da vacina.
 
De acordo com o professor, não há confirmação de casos de morte em decorrência de reações adversas nos estados onde estão ocorrendo campanhas de vacinação contra a febre amarela.
 
O mais grave efeito adverso à vacina seria a doença viscerotrópica, geralmente quatro dias após a imunização. “Na maioria dos casos, a pessoa começa a ter sintomas de que alguma coisa anormal está acontecendo além dos sintomas comuns da vacina lá pelo quarto dia”, alerta – “a pessoa estava com um pouco de febre, de mal-estar, em vez de melhorar piora e depois continua piorando”.
 
Reinaldo Martins, consultor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz: dengue pode ajudar a amenizar efeitos
 
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