Novos capítulos da mesma novela

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colunista para a vilas magazine

A prefeita Moema Gramacho deverá antecipar a escolha do secretário de administração Ailton Florêncio como o seu sucessor. O poder de decisão da gestora, assim como o do governador Jerônimo, será fundamental para o processo eleitoral e a vitória de quem quer que seja o próximo prefeito(a) cidade de Lauro de Freitas.

O PT no estado faz planos de retomar as forças nas grandes cidades, para que não encontre dificuldade nas próximas eleições de 2026. Lembrando que na eleição passada, apesar do governo municipal petista, ACM Neto saiu vencedor nas urnas em Lauro de Freitas.

Certo é que para as próximas eleições toda a máquina pública deverá trabalhar em torno de apenas uma candidatura. Moema hoje, pode não ter uma boa avaliação de seu governo, mas o seu histórico mostra que o último ano de suas gestões sempre foram aqueles em que entregou mais realizações. Para o próximo ano, já estão prometidas a entrega das obras da Avenida Beira Rio, Orla de Ipitanga e nova Câmara Municipal.

Logo, com a força da máquina pública, agora alinhada com o estado e governo federal não será tarefa difícil para o candidato da situação. Resta saber se o nome escolhido para a suceder não irá causar rachaduras no grupo, ou se haverá tempo de curar as feridas que serão abertas nos pré-candidatos excluídos.

Na oposição, a falta de habilidade em unificar o grupo em torno de um só nome ganha novos capítulos. Em decisão monocrática, o ministro do STF, Nunes Marques, deferiu decisão determinando o retorno da vereadora de Lauro de Freitas, Débora Régis, ao cargo. A vereadora do PDT teve o seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE/BA), mas agora aguarda o julgamento na sessão plenária no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cumprindo o seu mandato.

A oposição hoje conta com alguns partidos, sendo os seus principais União, PP, PDT, PSDB, PL e Novo. Praticamente todos querem lançar candidatos próprios em Lauro de Freitas. Se a vereadora não conseguir unificar João Leão, Teobaldo, Mirela, Mateus Reis, Mauro Cardin e os vereadores de oposição Nilton Sapucaia, Juca e Gabriel Bandarra, é provável que somente desses seis partidos saiam pelo menos duas candidaturas de oposição.

O PL em Lauro de Freitas ainda não conseguiu imprimir a sua identidade. O partido segue na base da prefeitura e votando conforme o alinhamento da prefeita. A candidatura do deputado estadual Leandro de Jesus não pegou aderência, mas o partido já está viabilizando outros nomes, a exemplo de Mauro Cardim, para representá-lo nas próximas eleições.

O partido Novo está tentando viabilizar um projeto nacional em torno do nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Para que isso aconteça passa por uma boa campanha do partido nas principais cidades do Brasil, o que viabilizaria uma candidatura a prefeito na cidade.

O país está politicamente dividido. Mesmo sabendo que ideologicamente as eleições municipais sofrem poucas interferências das brigas partidárias nacionais, se direita ou esquerda não tiverem unidade em torno de um único nome será um grande indício para a derrota. A polarização das eleições é uma das poucas certezas sobre as disputas em praticamente todas as cidades. Sai na frente aquele candidato que conseguir agregar o maior número de aliados em seu entorno ainda na pré-campanha.

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